19/04/2018

As maravilhas da internet



Com o advento da internet muita gente ainda teima em dizer que ela está separando pessoas, que essas estão mais acomodadas e coisas do tipo, o que discordo totalmente.

Alguns ainda insistem que graças à internet “estamos” lendo menos. O que também discordo, já que o Brasil nunca foi um país de leitores e está longe de ser. Na verdade, hoje há muitos que já leem 140 caracteres, pelo menos. Não é algo para se orgulhar, mas também não é um retrocesso.

A quantidade de informação que está disponível para ser pesquisada, creio que podemos dizer que é infinita. Desde hieróglifos egípcios até “como consertar uma válvula hidra”, muita coisa é facilmente encontrada na rede.

Quando comecei a escrever poesias e a publicá-las em um blog, já percebi essa conexão mundial em funcionamento: recebia comentários de leitores portugueses, o que foi incrível. A língua portuguesa, que nem é tão falada no mundo (10 países, oficialmente) nos colocou em contato.

No Facebook tem um recurso que testei, por mera curiosidade do que poderia acontecer: a “promoção”, que pode ser feita a partir de valores bem baixos (R$3,00 a mais em conta). Você seleciona uma postagem sua da rede social, direciona aproximadamente ao público que deseja (sexo, idade, localização e interesses) e promove como anúncio. Direcionei para outros países que falam o português e a resposta positiva que obtive de Angola, me impressionou!
 
Território  e pavilhão angolanos
Minha fanpage que tinha mais ou menos umas 200 curtidas, hoje está em 13.000! E acredito que mais da metade dos seguidores são angolanos.

Muitos deles me mandam mensagens com elogios, fazendo perguntas, mostrando outras poesias... E nessa semana recebi um pedido que, pode parecer algo pequeno, mas que me deixou muito orgulhoso.

Uma angolana pediu minha biografia, pois precisava para fazer um trabalho de escola. Ela declamaria um poema meu, na sala de aula e entregaria o trabalho escrito com a bio. Fiquei lisonjeado e lhe enviei na hora o que pediu.

Você ainda acredita que a internet separa as pessoas? Na boa, sai da caverna.


Pedido atendido e muito agradecido!
 

18/04/2018

Sobre “bolsomito”, o bolsonaro tido como mito



Com certeza os “bolsotrouxas”, eleitores e simpatizantes do já dito, têm ele como herói mitológico ou algo do tipo, apesar de, em seus 20 anos de deputado federal, nunca ter apresentado um único projeto.

Militar medíocre, que quase foi expulso do exército brasileiro. Exalta a Polícia Militar, porém nunca fez nada a favor desses militares e fez muito menos aos militares assassinados e suas famílias desamparadas.

Mesmo com declarações do tipo que: "eu usava o auxílio moradia pra comer gente", ainda assim seus fiéis o veem como um defensor dos valores cristãos. Fora que recebia o auxílio mesmo não precisando e afirmou isso.

Um idiota que só tem ódio a oferecer.

A linguagem é algo dinâmico e sempre muda, mas os ressignificados que ocorrem no português brasileiro nascem mais do analfabetismo do que por qualquer outro modo. Por exemplo: assim como a palavra "recalcado" virou sinônimo de "invejoso", na linguagem dos usuários de funk (carioca), atualmente a palavra "mito" virou algo do tipo "fodão". Até inventaram o verbo "mitar": fulano de tal "mitou" (fez algo foda).

Gosto da definição do poeta Fernando Pessoa (parafraseando-o): "o mito é a mentira que é verdade".

Para quem não sabe e nem teve a curiosidade de consultar o dicionário, o que hoje é tão simples, leia a definição de mito, logo abaixo.

Realmente acertaram: o bolsolixo é um mito.


https://www.priberam.pt/dlpo/


12/04/2018

Pablo Escobar - ascensão e "queda"...


(Quando o homem vira mito)


Algo curioso que me aconteceu:
 
O livro
Estava eu no metrô de SP, sentido jabaquara, lendo um livro, na minha. O livro era sobre o Pablo Escobar. A princípio, uma biografia, mas era muito mais sobre os narcotraficantes da época, tendo o Pablo como fio condutor da história.

Próximo de chagar à estação Sé, um senhor, vestido com a camisa de seleção argentina de futebol, veio até em mim e disse (vou parafraseá-lo, pois ele falou num misto de espanhol e português): “é sobre Pablo? (digo que é) Muito bom, ele muito bom... É meu patrão, meu patrão... Muito bom... Tchau”. Despediu-se e foi, aparentemente feliz.

Fiquei um tanto impressionado com isso.


xxx


Depois que isso aconteceu e relatei nas redes sociais, mais uma vez, para a minha surpresa, houve uma interação: o perfil do twitter @PabloEscobarJr deu um like na postagem! Pelo visto, o mito do Escobar vai durar muito ainda.








05/04/2018

Queria ser como Sara



Queria ser como Sara:
curtir a viagem
o mirante e a miragem
absorver a paisagem

Dar um novo passo a cada trilha
Flutuar na íngreme subida
e sarar a alma
durante a caminhada calma

Seguir sem medo, bem à beira
Deitar sob o sol, o céu e ao som
que produz a grande cachoeira
sentir na pele a água selvagem

Queria ser como Sara
que da rotina do dia a dia
dessa selva urbana e fria
encontrou uma saída

Salve a santa estrada
que vos guia