Depois
dessa liberação do FGTS inativo, tem muita gente questionando junto à Caixa
Econômica o porquê de contas inativas das décadas de 1960, 70 e meados dos anos
80, não terem saldo e que, segundo os titulares dessas contas, havia saldo e nunca
realizaram o saque.
Quando
isso acontece, explico assim:
Não
sei se as pessoas lembram, mas nossa moeda, hoje o Real, já teve muitos nomes
(Cruzeiro, Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro Real...) e em muitas dessas mudanças
houve “cortes de zeros”, ou seja, a moeda, o dinheiro, a “bufunfa” passou a
valer menos. E com o Plano Real, todo o dinheiro que sobrou (se é que sobrou) foi
divido por 2.750,00 (mais uma desvalorização).
Daí
eu exemplifico considerando só os “cortes de zeros” que eu lembro, porque se
fizer uma pesquisa, com certeza, tem mais cortes. Considerei três cortes, ou
seja, seis zeros a menos e a divisão do Real.
Então
fica assim:
Se
você tivesse um saldo em 1980 de:
10.000.000,00
(dez milhões), cortando dois zeros, você teria:
100.000,00
(cem mil), cortando mais dois zeros:
1.000,00
(mil) e cortando mais dois:
10,00
(dez) e dividindo esse resultado por 2.750,00:
0,0036
(menos de um centavo) de saldo final, isso de 1980 até 1994.
Os
seus dez milhões iniciais, com as desvalorizações de nossas moedas, resultaram
em menos e um centavo.
Seu
dinheiro não sumiu e nem foi roubado. Ele foi triturado pela inflação.
Triste
isso.
"Imagem ilustrativa, encontrada no Google" |