01/05/2020

Um delírio de “futurologia”



  Com a quarentena decretada e a aproximação compulsória de casais, a ansiedade acumulada somada a ociosidade, proporciona a esses casais mais oportunidades para copular. Com certeza isso terá impacto direto num futuro índice de natalidade. Não só aqui como no mundo.

   Então está em gestação toda uma geração que será denominada “geração quarentena”, ou “geração Q”.

   E essa geração crescerá ouvindo estórias sobre a praga que foi o coronavírus, que o “Covid 19” foi criado em laboratório, que seus pais foram proibidos de saírem de casa, que fronteiras foram fechadas entre países, que as ruas ficaram vazias, que houve carretas em protesto, que houve desobediência civil, que foram proibidos de trabalhar, que foram proibidos de irem à igreja, que o governo mentiu sobre o número de infectados, que os hospitais estavam lotados, que as UTIs estavam vazias, que muitos morreram, que o presidente dizia ser mentira, que as pessoas saiam nas janelas para baterem panelas, que o governo deu auxílio em dinheiro, que havia briga entre os governos, que tudo era um plano de dominação comunista da China, que faltaram máscaras, que cada um fazia sua máscara, brigas por álcool em gel, empresas fecharam, desemprego, fome... E todas essas estórias terão um viés político.

   Ou seja: a “geração Q” terá tudo para herdar nossa visão bidimensional do mundo, com uma forte dose de maniqueísmo. Somando isso à nossa tradicional “incultura por opção”, essa futura geração terá tudo para ser mais ignorante.

  Veremos também outra face esdrúxula de nossa “tradição”: os nomes bizarros. Com certeza leremos por aí nomes como: “Allquingell”, “Allquingelson”, “Allquelle”, “Allcon”, “Corona” (esse já existe), “Corono”, “Coronelli”, “Coronelson”, “Covid”, “Covidson”, “Allcovidson”, “Allcovid”, “Covidavid”... E por aí vai.

   Quando ver uma barriga grávida, prepare-se, a “geração Q” está por vir.

AB 


NP, clássico jornal popular.

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