18/03/2011

Felicidade clandestina II



A Felicidade tem um preço
E não sei qual ou quanto é.

Se soubesse pagaria, mas...

Enquanto não tenho a Felicidade
Compro bugigangas, piratarias e falsificações
E vivo-a clandestina
Até que acabem as ilusões

Mas tudo é ilusão
Coisas que sinto

O real é tão real quanto o abstrato
Como trato então essa questão?

Simples: abraço a Felicidade, mesmo clandestina
Levo-a de mãos dadas ao bar
Falamos e bebemos felizes
De coisas que não interessam a ninguém
Depois dançamos ao som da Jukebox:
“Você é luz, é raio, estrela e luar...”
Conversamos pelo brilho dos olhos...

Isso sim é ser feliz:
Viver o ridículo do amor:
Quebrar o monótono da rotina
Com o ridículo

Pensar coisas ridículas
Geradas pela insegurança
Para que aja incêndio
Que depois se apaga
E sobra a segurança
E a felicidade volta

Ser feliz é não ter medo de ser ridículo.

Pensando assim
Vejo que a Felicidade não custa nada
E que clandestino é um pensamento inseguro
Que acorrenta meus pés bem na hora do baile

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