Escrever um texto apontando razões para viver pode ser perigoso, porque esse tipo de tema faz o escritor caminhar no fio da navalha, entre o clichê e o espetacular. Alguns, acho que até a maioria dos escritores, cairiam no clichê. Fariam textos demagogos falando sobre razões do tipo ver o sol nascer, a beleza da natureza, viver por ter esperança de dias melhores, de ter um grande amor, a paz no mundo... todas essas baboseiras que, por incrível que pareça, as pessoas não se cansam de ler. Vou tentar aqui falar sobre motivos que acredito que sejam plausíveis.
Bem, acho que a primeira razão de querer viver é pura e simples: não quero morrer. A morte é inerente a nossa vontade, tudo bem, mas eu não a desejo. Espero que ela me visite daqui uns 100 anos. Por mais motivos que as pessoas encontrem, acho que esse é o principal (os suicidas ficam fora dessa lista).
A segunda razão é a vontade de realizar. Ai você me pergunta: tá bom, mas realizar o que? E eu lhe respondo: não sei. E é por isso que vivo, para saber o que realizar. É por isso que olho para as coisas com encanto, para descobrir nelas algo a realizar. Olha para tudo sem preconceito. Nunca sabemos onde pode estar o nosso desejo de realizar algo.
Crescer como ser humano, é a terceira. E esse crescimento só se consegue através do conhecimento e das relações humanas, ou seja, da vida.
Talvez eu encontre outros motivos, talvez eu desencontre outros, mas enquanto tiver um, estarei aqui para escrevê-lo.
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